Sempre há mais epara descobrir!

 Sempre há mais para descobrir!






    Em um pequeno lugar, afastado das grandes cidades, morava uma menina, adolescente curiosa, buscava sempre entender mais sobre as coisas que a cercavam. A mesma, morava com sua mãe, viviam sozinhas as duas. Em sua cidade também residia seu avô, um senhor já aposentado, que havia feito várias descobertas, em seu passado de historiador. Stela, era nome da moça, aquela que sempre pensava “ sempre há mais para descobrir”.

   Em um determinado dia, sentindo-se entediada, Stela decide fazer uma visita ao seu avô, algo que ela muito gostava de fazer, já que todas as vezes que ela o visitava, o mesmo contava suas histórias, e como ele se aventurava em suas expedições. Chegando a casa de seu avô, Stela estranhou o fato de seu avô não, se encontrar em sua poltrona, lendo um de seus livros, algo que ele fazia em todas as tardes. Preocupada a jovem decide procura-lo pela casa, e finalmente o encontra no porão.

- Vô? O senhor está aí? 

- Estou aqui! Venha, quero lhe mostrar algo muito importante.

   Quando Stela se aproxima, encontra seu avô, segurando um curioso colar.

-Veja minha neta, quero lhe presentear, com este colar. Uma relíquia, encontrada em uma das minhas expedições. Pegue! Quero que fique com ele.

   Stela, encantada com a beleza do colar, e os segredos que o mesmo poderia esconder. Recolhe o colar, e o coloca no pescoço. Ao virar-se para agradecer ao seu avô percebe que, ele não estava mais ali, como um passe de magia, o senhor já havia subido as escadas, em direção a cozinha, para preparar um lanche.

   Stela permanece ali, e começa a observar as obras descobertas pelo seu avô, quando de repente um pequeno papel cai do seu colar, o que ela não havia percebido era que o seu presente era um relicário, e dentro dele, estava o pequeno papel que caiu no chão. Rapidamente Stela, pega o papel que havia caído, e ao abri-lo percebe que nele estava escrito, uma frase cujo idioma, não permitia  que ela soubesse o que aquilo significava. Stela sendo uma menina muito curiosa, ficou intrigada e se sentiu obrigada a descobrir o idioma ali descrito, estuda-lo e entender do que se tratava aquela frase.

   Após muito tempo de estudo, Stela descobre que aquele idioma se tratava de uma língua, não muito conhecida, utilizada por uma população extinta muito antiga. Agora então seria possível que ela pronunciasse as palavras escritas naquele pequeno e velho papel.

   Por um instinto próprio, ela decide realizar tal ato, no mesmo local em que o colar foi dado a ela, o porão de seu avô. E ao pronunciar as palavras algo estranho começa a acontecer.

   Todo o ambiente começa a tremer, por cerca de 1 minuto sem parar. Stela não sabia o que estava acontecendo, seria isso um terremoto? Uma explosão próxima? A garota só se preocupou em se segurar em algo. E proteger-se para não cair nada em cima de si.

   Assim que o tremor se findou, Stela só se preocupou em subir as escadas, e procurar saber se  seu avô estava bem, se o mesmo havia se machucado. Todavia, ao abrir a porta, ao invés de entrar na casa de seu avô, ela se depara com um lugar totalmente diferente, era como se uma floresta tivesse tomado conta daquela residência. Stela ficou sem entender o que havia acontecido, mas rapidamente a jovem associa o ocorrido, ao fato dela ter pronunciado as palavras daquele antigo papel, era como se aqueles escritos fossem mágicos e teriam o poder de “teletransporta-la” para aquele local.

   Sem esperança de voltar para casa, ela decide explorar o ambiente  a sua volta, esse sendo uma vasta floresta, com grandes árvores verdes, nunca vistas pela moça. A paisagem era muito linda. Era cedo, Stela havia andado muito, como uma moça curiosa, explorando e analisando cada pequeno detalhe daquele lindo lugar.

   Perto do fim da tarde, Stela decide parar um pouco e se apoiar em uma rocha, nesse momento  a moça cai no sono. No dia seguinte, ela é acordada, por um grupo de pessoas desconhecidas, aparentemente uma tribo. Possuíam místicas características, alguns tinham pele azul, outros eram metade gente e metade cavalo, esses sendo conhecidos como centauros. Outros tinham uma aparência mais comum, porem tinham pinturas em todo corpo. E por incrível que pareça havia também, animais selvagens junto a eles e esses conseguiam falar. Um dos que estavam lá perguntam:

- É você? Stela, a escolhida? A tão aclamada filha do rei Davi?

-Ham? Escolhida? Filha de quem? Rei Davi? Como assim? Eu não conheço meu pai, ele morreu quando eu era pequena. E não sou nenhuma escolhida, vim parar aqui por acidente.

-Não! Tenho certeza que é você, olhe o seu colar. A lenda diz que aquela que portar esse colar, esse sendo um presente a ela dado, seria escolhida, e a filha perdida do rei Davi.

-Mas, como assim? Esse colar de fato foi um presente, mas ele é uma das muitas descobertas antigas do meu avô.

-Por acaso seu avô se chama Felipe. Vive  sozinho, apaixonado por livros e guarda em sua casa uma coleção de tesouros?

-Sim, meu avô é exatamente assim, mas como você sabe?

-Seu avô vivia aqui nesse mundo, e por muito tempo ele e seu pai governaram juntos. Por causa de uma guerra ele e sua mãe,uma rainha espetacular decidem ir para o mundo dos humanos para lhe proteger, e quando chegasse a hora você retornaria, e nos auxiliaria na batalha, dessa guerra que se estende até os dias de hoje.  Com seu curioso e admirável dom.

   Stela cai em si, por tantos anos, toda sua vida foi uma mentira? E pelo visto ela tinha um pai, que por tanto tempo pensava estar morto.

-Venha princesa, o rei lhe aguarda! 

   Disse um dos centauros, (esses sendo os de maior apresso do rei, por serem seres admirados por sua lealdade, e resistentes nas batalhas)

-Stela, apesar de ainda estar processando a enxurrada de informações que haviam sido trazidas à tona. Aceita o convite do amigável centauro, e assim monta em suas costas.

   O caminho até a casa do rei foi longo, mas com certeza valeu a pena. Já estava quase anoitecendo, a moça já cansada, levanta o olhar e se depara com uma imensa residência, sendo a casa do rei, melhor seria: Um imenso e majestoso castelo.  Tão bonito quanto o que ela lia nos livros. A moça fica encantada.

-É aqui que vive o rei? 

Perguntou a jovem.

-É sim.

   Respondeu um dos que com ela estavam.

   Ao adentrar o castelo, seu pai Davi, rei do reino de Yehudah. Já estava a aguardando nas portas do castelo. Ao se encontrarem, não falaram nada nem expressaram alguma reação, o rei decide apenas se aproximar da filha e a abraçar. E a moça, como alguém que nunca havia visto seu pai, o abraça com força. Ali permaneceram por um tempo, sem falar nada, ou expressar alguma reação.

-Me perdoe filha, me perdoe  por tudo isso, espero que você me entenda. Eu e sua mãe preferimos que fosse assim, pela sua proteção.

-Tá tudo bem, eu entendo, apesar de tudo. Mas como você soube que eu havia vindo para esse mundo. Afinal o lugar onde cheguei fica a horas daqui.

-O sinal no céu.

   Disse o rei.

-Sinal? Como assim? Que sinal?

-Por muitos anos, o céu só se coloria de azul quando dia, e preto quando noite, não se alterava nunca. A profecia diz que quando a escolhida retornasse o céu se encontraria, corado por um chamativo vermelho incandescente. As mesmas cores, que saem de suas mãos, quando estas a batalhar.

-Das minhas mãos, isso nunca aconteceu nunca mesmo.

-Você, nunca sentiu que conseguia mover objetos, nem que fosse apenas alguns milímetros.

-Bem...Parando pra pensar sim, mas achei que fosse coisa da minha cabeça.

-Exatamente, mas nesse mundo a potencia dos seus poderes é bem maior, por isso você é a nossa escolhida. Você tem um dom minha filha, e pode salvar o nosso povo, sua hora batalhar chegou, e honrar a guerreira que você está destinada a ser.

A guerra está chegando filha, prepare-se para lutar.

   A batalha do reino Yehuda, contra os seus rivais seria entre dois dias. E Stela, começa a treinar junto com seu pai, e sua mãe que já havia se dirigido até o alternativo mundo dos Yehudas. Ela estava aprendendo a usar seus poderes para triunfar de vitória após a batalha.

   O dia da guerra finalmente chegou. Apesar de nunca ter participado de uma guerra antes, Stela estava confiante, ela sabia por algum motivo que ela iria conseguir, ela iria ser a chave para a vitória, do reino, afinal ela tinha poderes agora, e sabia como usa-los.

Iniciou-se então essa incrível e empolgante luta, com o grito de um dos centauros:

-Por Yehuda! Yehuda para sempre!

Guerrearam por cerca de uma tarde. Stela, foi incrível, impressionando a todas com sua bravura, uma verdadeira guerreira.

E os Yehudas, finalmente puderam gozar de vitória, e finalmente por um fim nessa batalha que perdurou por tantos anos.

   Ao fim dessa história, a adorável família finalmente pôde  ficar junta. Os pais de Stela que por tanto tempo só se comunicavam por cartas, e se viam algumas vezes por semana. Poderiam finalmente viver juntos. O avô que tanto queria voltar, pôde se fixar permanentemente em seu castelo. E Stela? Estava mais feliz do que nunca, finamente teve a família que ela tanto sonhara, finalmente poderia conviver com o seu pai, que para sua alegria não estava morto. Seus poderes eram aperfeiçoados a cada dia, a princesa descobria novas formas de ultiliza-los. E assim ser, a verdadeira e poderosa princesa que estava destinada a ser. Afinal, as vezes vale a pena ser uma menina curiosa, tendo em mente que sempre  há mais para descobrir.


Auroras: Mylla Fernanda, Eugênia e Maria Eduarda

9⁰ ano

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