Adna 9⁰ Maria Eduarda

 



         Em Beacon Hills, Bella estava arrumando suas malas, empolgada pela universidade de medicina em Forks. Ela sairia às 15:00 hs para chegar por volta das 19:00hs. Quando chegou, se dirigiu ao seu dormitório, onde conheceu sua colega de quarto, Betty, que já era de Forks Betty foi logo apresentando a universidade e, depois de desfazerem as malas, levou Bella para conhecer seus amigos Jacob e Edward.


          — Olha, Bella, esses são meus amigos Edward e Jacob. E, por favor, ignora qualquer idiotice que eles digam

          — disse Betty, com um sorriso.

           — E aí, Bella, tudo bem? — disseram os meninos quase juntos.

          — Ah, está tudo bem. Só estou desconfortável por ser nova e não conhecer ninguém... além da Betty, claro — respondeu Bella, um pouco tímida.


           Depois de uma longa conversa, Betty sugeriu um rolê no Bob’s, um lugar que ela e os amigos frequentavam sempre. Todos toparam e chamaram um Uber. Chegando lá:


           — Boa tarde, meus amigos! Quem é a moça nova? — disse o atendente, animado.

             — Essa é a Bella. Veio de Beacon Hills estudar na nossa universidade — respondeu Beth.

           — Perfeito. Qual será o pedido?

           Todos fizeram seus pedidos e seguiram para a mesa. Com os lanches servidos, ficaram conversando por horas, rindo e se conhecendo melhor. O tempo passou rápido e, quando perceberam, já estava tarde. Cada um voltou para seu dormitório.


Já no quarto...


— E aí, Bella, gostou de hoje? Dos meninos? — perguntou Betty, se jogando na cama.


— Gostei, Betty. Só achei o Edward muito frio. Em todos os sentidos.


— Como os vampiros, né? Como é bom não ser a única que percebeu isso.


— Sim, também percebi isso.


— Aqui em Forks tem uma família de vampiros. Dizem que tem uma família de lobos também, lá na floresta. Ou melhor, lobisomens... Mas, e o Jacob, gostou dele?


— Sim, mas também achei coisas muito estranhas.


— Tipo o quê, Bella?


— Achei ele mais quente que o normal. E também, quando ele se estressa, fica estranho... parece um lobo. Até fiquei com medo quando você falou dos lobisomens da floresta.


— Mas deve ser só coisa da nossa cabeça.


— Sei não, viu... — respondeu Bella, puxando o cobertor até o queixo.


As duas ficaram em silêncio por um tempo, cada uma perdida em seus pensamentos. O quarto estava escuro, mas a luz da lua cheia atravessava as persianas e iluminava o rosto pensativo de Bella. Pouco a pouco, as duas adormeceram.


Dia seguinte...


O despertador tocou às 7h em ponto. O som alto fez Betty resmungar e se virar para o lado, mas Bella já estava sentada na cama.


— Vamos, preguiçosa! Primeiro dia oficial — disse Bella, amarrando o cabelo num coque bagunçado.


— Nossa, nem parece que fomos dormir tarde. Você tá animada assim mesmo? — respondeu Betty, esfregando os olhos.


— Só tô ansiosa. Vai que eu esbarro com o Jacob... — brincou Bella, tentando disfarçar o sorriso.


— Ahhh, então temos um crush já? — Betty riu e se levantou devagar. — Vai se arrumar logo, depois sou eu.


Depois de se aprontarem, seguiram juntas para o campus. O prédio da universidade era imenso e rodeado por árvores altas e antigas, que balançavam com o vento. O dia estava frio, com o céu cinzento típico de Forks


Na entrada do prédio, encontraram Edward, encostado em uma coluna de pedra, lendo um livro. Ele levantou os olhos e deu um leve sorriso ao ver Betty se aproximar.


— Oi, bom dia — disse ele, olhando mais tempo para Betty do que para qualquer um.


— Bom dia, Edward. Cadê o Jacob? — perguntou Bella, tentando soar casual.


— Deve estar chegando. Ele... às vezes demora — respondeu Edward, com uma expressão estranha.


Poucos minutos depois, Jacob apareceu do outro lado da praça, com passos rápidos e uma camiseta de manga curta, apesar do frio.


— Bom dia! — ele disse, animado. — Tô pronto pra enfrentar qualquer aula chata hoje.


Betty e Bella riram. Mas Bella sentiu um arrepio ao olhar Jacob de perto. O mesmo calor estranho emanava dele, como uma brasa viva andando ao seu lado.


A manhã passou com apresentações, aulas leves e muita observação. Bella não conseguia parar de reparar como Edward nunca ficava muito perto do sol — parecia evitá-lo a todo custo. Já Jacob... parecia cada vez mais inquieto, como se algo dentro dele estivesse prestes a explodir.


Durante o almoço, estavam os quatro juntos novamente, sentados sob uma árvore no campus.


— Aqui em Forks todo mundo fala dessas lendas de vampiros e lobisomens, né? — comentou Betty, tentando soar casual.


Edward engasgou com um gole de água. Jacob arregalou os olhos.


— Eu não dou muita bola pra isso — disse Bella, fingindo desinteresse, mas de olho nos dois.


— Eu também não — respondeu Jacob, rápido demais. — Só lenda boba...


Mas naquele momento, tanto Betty quanto Bella sabiam: alguma coisa estava sendo escondida. E elas iam descobrir o quê.

Em Beacon Hills, Bella estava arrumando suas malas, empolgada pela universidade de medicina em Forks. Ela sairia às 15h para chegar por volta das 19h. Quando chegou, se dirigiu ao seu dormitório, onde conheceu sua colega de quarto, Betty, que já era de Forks Betty foi logo apresentando a universidade e, depois de desfazerem as malas, levou Bella para conhecer seus amigos Jacob e Edward.


— Olha, Bella, esses são meus amigos Edward e Jacob. E, por favor, ignora qualquer idiotice que eles digam — disse Betty, com um sorriso.


— E aí, Bella, tudo bem? — disseram os meninos quase juntos.


— Ah, está tudo bem. Só estou desconfortável por ser nova e não conhecer ninguém... além da Betty, claro — respondeu Bella, um pouco tímida.


Depois de uma longa conversa, Betty sugeriu um rolê no Bob’s, um lugar que ela e os amigos frequentavam sempre. Todos toparam e chamaram um Uber. Chegando lá:


— Boa tarde, meus amigos! Quem é a moça nova? — disse o atendente, animado.


— Essa é a Bella. Veio de Beacon Hills estudar na nossa universidade — respondeu Beth.


— Perfeito. Qual será o pedido?


Todos fizeram seus pedidos e seguiram para a mesa. Com os lanches servidos, ficaram conversando por horas, rindo e se conhecendo melhor. O tempo passou rápido e, quando perceberam, já estava tarde. Cada um voltou para seu dormitório.


Já no quarto...


— E aí, Bella, gostou de hoje? Dos meninos? — perguntou Betty, se jogando na cama.


— Gostei, Betty. Só achei o Edward muito frio. Em todos os sentidos.


— Como os vampiros, né? Como é bom não ser a única que percebeu isso.


— Sim, também percebi isso.


— Aqui em Forks tem uma família de vampiros. Dizem que tem uma família de lobos também, lá na floresta. Ou melhor, lobisomens... Mas, e o Jacob, gostou dele?


— Sim, mas também achei coisas muito estranhas.


— Tipo o quê, Bella?


— Achei ele mais quente que o normal. E também, quando ele se estressa, fica estranho... parece um lobo. Até fiquei com medo quando você falou dos lobisomens da floresta.


— Mas deve ser só coisa da nossa cabeça.


— Sei não, viu... — respondeu Bella, puxando o cobertor até o queixo.


As duas ficaram em silêncio por um tempo, cada uma perdida em seus pensamentos. O quarto estava escuro, mas a luz da lua cheia atravessava as persianas e iluminava o rosto pensativo de Bella. Pouco a pouco, as duas adormeceram.


Dia seguinte...


O despertador tocou às 7h em ponto. O som alto fez Betty resmungar e se virar para o lado, mas Bella já estava sentada na cama.


— Vamos, preguiçosa! Primeiro dia oficial — disse Bella, amarrando o cabelo num coque bagunçado.


— Nossa, nem parece que fomos dormir tarde. Você tá animada assim mesmo? — respondeu Betty, esfregando os olhos.


— Só tô ansiosa. Vai que eu esbarro com o Jacob... — brincou Bella, tentando disfarçar o sorriso.


— Ahhh, então temos um crush já? — Betty riu e se levantou devagar. — Vai se arrumar logo, depois sou eu.


Depois de se aprontarem, seguiram juntas para o campus. O prédio da universidade era imenso e rodeado por árvores altas e antigas, que balançavam com o vento. O dia estava frio, com o céu cinzento típico de Forks


Na entrada do prédio, encontraram Edward, encostado em uma coluna de pedra, lendo um livro. Ele levantou os olhos e deu um leve sorriso ao ver Betty se aproximar.


— Oi, bom dia — disse ele, olhando mais tempo para Betty do que para qualquer um.


— Bom dia, Edward. Cadê o Jacob? — perguntou Bella, tentando soar casual.


— Deve estar chegando. Ele... às vezes demora — respondeu Edward, com uma expressão estranha.


Poucos minutos depois, Jacob apareceu do outro lado da praça, com passos rápidos e uma camiseta de manga curta, apesar do frio.


— Bom dia! — ele disse, animado. — Tô pronto pra enfrentar qualquer aula chata hoje.


Betty e Bella riram. Mas Bella sentiu um arrepio ao olhar Jacob de perto. O mesmo calor estranho emanava dele, como uma brasa viva andando ao seu lado.


A manhã passou com apresentações, aulas leves e muita observação. Bella não conseguia parar de reparar como Edward nunca ficava muito perto do sol — parecia evitá-lo a todo custo. Já Jacob... parecia cada vez mais inquieto, como se algo dentro dele estivesse prestes a explodir.


Durante o almoço, estavam os quatro juntos novamente, sentados sob uma árvore no campus.


— Aqui em Forks todo mundo fala dessas lendas de vampiros e lobisomens, né? — comentou Betty, tentando soar casual.


Edward engasgou com um gole de água. Jacob arregalou os olhos.


— Eu não dou muita bola pra isso — disse Bella, fingindo desinteresse, mas de olho nos dois.


— Eu também não — respondeu Jacob, rápido demais. — Só lenda boba...


Mas naquele momento, tanto Betty quanto Bella sabiam: alguma coisa estava sendo escondida. E elas iam descobrir o quê.


Uma semana se passou desde a noite no Bob’s.


Desde as conversas desconfortáveis, os olhares desviados e as palavras ditas com cautela.


Mas, naquele momento, tanto Betty quanto Bella sabiam: alguma coisa estava sendo escondida.


E elas iam descobrir o quê.


Era uma segunda-feira cinzenta em Forks. O campus da universidade estava molhado pela garoa fina que parecia nunca cessar. As folhas das árvores pareciam cochichar segredos entre si, e o vento que passava pelos corredores gelava mais do que o normal.


Bella e Betty caminhavam juntas, como vinham fazendo todos os dias desde então. As aulas seguiam, mas algo pairava no ar. Uma presença invisível, um chamado instintivo.


— Eles estão agindo estranho de novo — Bella comentou, olhando discretamente para Jacob e Edward, que conversavam em um canto do pátio.


— Sempre juntos. Sempre sérios — Betty completou. — Ontem vi o Edward com olhos completamente escuros... não era sombra. Era... fome.


— Fome? — Bella a encarou.


— Como se ele tivesse lutando contra alguma coisa dentro dele. Ele ficou distante, gelado, como se nem fosse humano. E você, sentiu de novo o calor do Jacob?

— Ele me tocou ontem sem querer. Era como encostar numa lareira.

As duas se calaram. Não era mais coincidência. Era algo sobrenatural.

Naquela mesma tarde, entre uma aula e outra, elas se esconderam na biblioteca da universidade. Pesquisaram livros antigos de lendas locais, mitos indígenas, registros antigos de Forks. E ali, em meio a páginas empoeiradas e rabiscos esquecidos, encontraram fragmentos:


> "Os Filhos da Noite. Eles brilham sob o luar e seduzem os mortais com olhos dourados e vozes encantadas. Eles não envelhecem. Eles não respiram. Eles caçam."

> "Os Filhos da Lua. Guerreiros da floresta. Portadores da fúria ancestral. Defensores do equilíbrio entre os mundos. Transformam-se em lobos sob a proteção da terra."

Bella e Betty se entreolharam, os corações disparados.


— Isso é real — sussurrou Bella. — Vampiros e lobisomens.


— E eles estão aqui. Na nossa universidade.

Elas voltaram para o dormitório em silêncio. Mas não de medo. Era como se uma chama tivesse sido acesa dentro delas.

A verdade estava cada vez mais próxima. E, naquela noite, tudo mudaria.

Porque o que elas não sabiam... era que alguém as estava observando.

Do alto da torre da universidade, sob a chuva fina, olhos dourados e selvagens acompanhavam cada passo. Eles sabiam que estavam sendo descobertos. E isso... poderia ser perigoso.

A noite caiu silenciosa sobre Forks.

As luzes do campus se apagavam uma a uma, como se a universidade respirasse lentamente, se preparando para dormir. Mas Betty e Bella estavam acordadas, os olhos fixos no teto do quarto, as mentes girando com tudo que haviam lido naquele dia.

— Você acha que estamos seguras? — sussurrou Bella.

— Não sei... Mas desde que começamos a juntar as peças, sinto como se algo estivesse... se aproximando — Betty respondeu.

Um estalo do lado de fora fez ambas se virarem para a janela.


Nada.

Somente a névoa subindo pelas calçadas, envolvendo as árvores como dedos fantasmas.

— Vem, vamos dar uma volta — Betty disse, pegando o casaco.

— Agora? Tá louca?

— Só pelos corredores. Preciso sair desse quarto. Tô com a sensação de que, se a gente esperar mais, vai ser tarde demais.

As duas caminharam pelos corredores silenciosos da universidade. O som de seus passos ecoava como se o prédio estivesse vazio — mas não estava.

Passaram pela sala de biologia. Estava trancada. A luz do laboratório de anatomia, no entanto, estava acesa. Estranho, àquela hora.


— Aquela luz nunca fica ligada depois das aulas... — murmurou Betty.


— Eu tô com um pressentimento ruim.


Elas se aproximaram da porta devagar. O vidro jateado não deixava ver muito, mas silhuetas se moviam lá dentro.


Betty segurou o braço de Bella com força. Dentro da sala, estavam Jacob e Edward.


Os dois estavam discutindo. Os movimentos eram rápidos, intensos — quase violentos. Jacob tremia dos pés à cabeça, como se algo dentro dele estivesse prestes a explodir. Edward, por sua vez, parecia travar os próprios músculos, como se segurasse um instinto mais sombrio.

De repente, Edward parou. Virou o rosto em direção à porta. Seus olhos brilharam por um instante.

Ele sabia que elas estavam ali.


— Corre! — sussurrou Bella, puxando Betty pelo braço.

As duas saíram correndo pelo corredor, o coração disparado. Voltaram para o dormitório em silêncio, trancaram a porta e se jogaram na cama, ofegantes.

— Eles estavam discutindo... — disse Betty, com os olhos arregalados. — E Edward... ele sentiu nossa presença. Ele não viu. Ele sentiu.

Bella apertava os próprios braços, tentando se aquecer.

— Eles são perigosos, Betty.

— Ou estão tentando nos proteger de algo pior.

Silêncio.

E então, no instante antes de adormecerem, um bilhete foi escorregado por debaixo da porta. Um pedaço de papel dobrado com uma única frase escrita à mã

o:

 "Vocês precisam parar de procurar. Ou vão descobrir mais do que estão prontas para saber."

As duas se entreolharam, o sangue gelando nas veias.


Porque naquele momento, elas entenderam:

a verdade não era só assustadora... era viva. E estava vindo até elas.



Comentários

Postagens mais visitadas