Milles Morales em sua aventura no Rio
Em uma quarta-feira qualquer, numa rua deserta nas favelas do Rio de Janeiro, surge uma figura inusitada, nunca vista por aquela parte da população: um ser meio homem, meio aranha. Seu nome era Miles, e ele tinha um propósito: encontrar sua amada, Gwen, que havia sido raptada de seu planeta por uma gangue de extraterrestres, Gwen era assim como ele, meio humana, meio aracnídea. Cabelos loiros, pele branca, lindos olhos castanhos, era definitivamente a moça mais bonita e determinada que ele conhecia. Agora, Miles estava em uma grande jornada à procura de sua garota.
Miles caminhava pelas vielas escuras, seus sentidos aguçados captando cada som, cada movimento. Ele sabia que não tinha muito tempo—se Gwen estava viva, precisava encontrá-la antes que fosse tarde demais. Ele encontrou um velho morador da favela, Zé do Rádio, que lhe contou sobre vultos que desceram do céu numa tempestade de fogo e sombra. "Pegaram uma moça e sumiram pelo ar, como se o vento os carregasse", disse o homem, os olhos arregalados de terror.
Miles seguiu os rastros deixados pelo fogo. Ele não sabia como, mas podia sentir o cheiro do medo de Gwen impregnado nas paredes, nos escombros, nas folhas das árvores. Era um chamado instintivo. De repente, ele viu pegadas que não pertenciam a nenhum ser humano, e ao tocá-las, sentiu uma energia diferente percorrer seu corpo. Algo o puxou, e num piscar de olhos, ele foi transportado para um lugar além da realidade.
Ele abriu os olhos e percebeu que estava em uma floresta onde as árvores sussurram e o céu mudava de cor a cada segundo. No centro da clareira, um círculo de criaturas cinzentas vestidas em capuzes rosa neon entoavam cânticos antigos. No meio delas, Gwen flutuava, presa em fios brilhantes como teias de prata. Seus olhos estavam fechados, ela parecia estar em transe. Ele correu em sua direção, mas foi interceptado por uma criatura colossal, com múltiplos olhos e braços que pareciam feitos de fumaça sólida. "Ela pertence ao Grande Tece-Destino agora", sibilou a criatura, a voz ecoando em sua mente como um trovão distante. "Se quiser levá-la, deve provar ser digno."
Sem hesitar, Miles desafiou o monstro para um duelo. As árvores ao redor estremeceram quando ele saltou, desviando das garras espectrais e tecendo sua própria teia em movimentos rápidos e precisos. A batalha foi feroz. Miles era veloz, mas a criatura era feita de sombras e pesadelos. Em um último esforço, ele se lembrou do que Gwen sempre dizia: "O medo é apenas uma ilusão". Com essa ideia cravada em sua mente, ele fechou os olhos e atacou com tudo. Quando os abriu, a criatura havia se dissipado no ar como névoa ao amanhecer.
Gwen caiu nos braços de Miles, despertando do transe. "Eu sabia que você viria", ela sussurrou, abraçando-o com força. Mas o chão começou a tremer o mundo ao redor desmoronava, como se tivesse sido apenas um sonho instável. Miles segurou Gwen e saltou para o alto, rasgando a realidade com suas garras. Eles caíram de volta no Rio de Janeiro, sobre os telhados das favelas, enquanto a noite se fechava ao redor deles.
O perigo ainda não havia passado. Eles sabiam que as forças que os havia separado ainda estavam à espreita, aguardando uma nova oportunidade para interferir em seus destinos. Mas, por ora, estavam juntos. E isso era tudo o que importava.
Autora: Nathiele Oliveira
9° ano



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