Artigo de opinião (kevellyn 8⁰)
A adolescência bizarra, em meio a uma geração falida.
Hoje em dia, observamos a falta de respeito dos adolescentes com relação ao professor. Onde foi que erramos? Estudos mostram que, a partir dos anos 2000, a situação foi de mal a pior. O que antes era valorizado, respeitado e até exaltado, hoje é humilhado.
A grande expectativa foi quebrada por uma enorme decepção. Em meados do século XX, esperava-se que, no século XXI, uma geração de adolescentes inteligentes e evoluídos se formasse, e que os futuros profissionais teriam prazer em dar aula, como nos tempos primórdios, quando eram valorizados. Porém, essas expectativas não foram cumpridas, e, por isso, vemos muitos professores desistindo dessa profissão tão escassa e tão importante.
Antes, os alunos valorizavam cadernos, lápis, tudo o que lhes era dado. Hoje, alunos que recebem tudo e não dão valor a nada. Alunos desinteressados e negligentes, formam profissionais igualmente negligentes. Atualmente, as grandes empresas procuram profissionais de 30 anos ou mais, o que antes não acontecia. Isso se deve à falta de compromisso dos adultos que, no passado, eram adolescentes rebeldes, que sempre tinham razão e que hoje estão desempregados e não preparados para nenhum tipo de emprego, que exija qualquer nível de responsabilidade.
Hoje em dia, eles encontram tudo pronto em suas mãos e quando o professor passa uma atividade, não tem coragem nem de ler. A relação entre alunos e professores tem se tornado preocupante, marcada pelo desrespeito e pela falta de limites. O que antes era uma relação de respeito mútuo, onde o professor era a figura de autoridade, hoje se transformou em um campo de tensão dentro da sala de aula.
Há inúmeros relatos de desrespeito, vaias, xingamentos, ameaças e até agressões físicas. Essas situações afetam não apenas a educação, mas também a formação social desses jovens. Uma geração que não sabe respeitar figuras de autoridade, repetirá esse comportamento no trabalho, na família e na vida em sociedade.
É urgente que a sociedade, a família e a escola se unam para resgatar valores que estão sendo perdidos. O respeito aos professores precisa ser restaurado, não apenas como um gesto de educação, mas como base para a construção de cidadãos conscientes e responsáveis.
Se a sociedade, no geral, continuar normalizando esses comportamentos desrespeitosos e a ausência de limites, estaremos formando adultos despreparados, como disse anteriormente. A “adolescência bizarra” não pode ser vista apenas como um problema individual, mas como o reflexo de uma geração inteira que precisa de orientação, diálogo e firmeza.
O futuro ainda pode ser diferente, mas ele depende das escolhas que fazemos hoje.



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